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História dos Assassinos em Série

Em novembro de 1963, a revista TIME descreveu assassinos seriais como “uma nova raça de assassinos”, e enquanto tais comentários eram rotina na década de 1980, eles também eram grosseiramente inexatos. Alguns autores, com uma compreensão ligeiramente melhor da história, professam ver o primeiro serial killer em JACK, O ESTRIPADOR de Londres do século XIX, mas mesmo eles erraram por cerca de dois milênios.


De fato, o primeiro caso registrado de assassinato em série envolveu uma envenenadora, LOCUSTA, executada por ordem do imperador romano Galba, em 69 d.C. Cerca de 400 anos depois, no século V, no Iêmen, o rico Zu Shenatir atraía farotos para sua casa com ofertas de comida e dinheiro, submetendo-os a sodomia antes de arremessá-los para a morte através da janela do andar superior. Sua contagem de corpos é desconhecida, mas a história registra que Zu Shenatir foi finalmente apunhalado até a morte por uma pretensa vítima em sua casa.


Um exemplo antigo do Culto de assassinos foi visto no século XI na Pérsia (hoje Irã), onde os assassinos, membros de um grupo dissidente de muçulmanos, tiraram seu nome do termo descritivo hashashin (usuário de haxixe). Os assassinos viam o assassinato como um encargo sagrado de seu deus e regente da terra – o “Homem Idoso das Montanhas” - , mas seu uso frequente como mercenários, atingindo os homens durante as Cruzadas, obscureceu as linhas entre os assassinatos considerados trabalho santo e aqueles que eram estritamente negócio. Visto que como assassinos foram despachados para suas designações com rituais elaborados, incluindo o uso de sexo e drogas psicodélicas para gerar “visões” do paraíso que  aguardava os servidores fiéis do culto, pode não ter havido distinção real por parte daqueles que faziam o assassinato. A seita foi teoricamente destruída em 1256 pelos invasores mongóis sob Hulaku, neto de Genghis Khan, com cerca de 12 mil membros assassinados, mas constatou-se que franceses observaram os remanescentes do grupo sobrevivendo até o incício do século XIX.


Pode ser coincidência abrupta que o “legado” dos assassinos coincida com o nascimento de um outro culto homicida, desta vez na Índia. Datando do início do século XIII, a seita chamada thag – em hindu “impostor” – viu seus membros denominados thugs em uma corruptela do nome que selecionaram para si próprios. Os cultuadores foram também conhecidos como Phansigars, a palavra hindu para “laço”, uma vez que preferiam estrangular as vítimas com o lenço que cada mebro usava na cintura. Os thugs cultuavam Kali, a deusa hindu da destruição e, ao lado do homicídio ao acaso, seus rituais também incorporavam elementos masoquistas nos quais os devotos eram flagelados ou pendurados no alto com ganchos em sua carne, enquanto a audiência cantarolava “Vitória da Mãe Kali”. É impossível dizer quantas vitimas foram aniquiladas pelos thugs nos 600 anos antes de serem eliminados pela força militar britânica. Os registros coloniais indicam que cerca de 4500 thugs foram condenados por diversos crimes entre 1830 e 1848, com pelo menos 110 sentenciados à morte por assassinato. Um desses thugs, Buhram, dispôs de 931 vítimas sem ajuda, antes de ser preso em 1840, e as autoridades britânicas estimaram que os cultuadores totalizaram algo em torno de 40 mil homicídios apenas no ano de 1812. Presumindo ser o ano recorde, mesmo dez vezes a contagem normal de corpos, é aparente que os thugs devem ainda ter assassinado diversos milhões de vítimas durante seus seis séculos de caça ativa.


Na Europa, enquanto isso, os serial killers emergiram igualmente da classe dos nobres e camponeses. GILLES DE RAIS, o homem mais rico da França e um confidente de Joana D’arc, foi executado em 1440 por assassinar acima de cem crianças em rituais pervertidos de sexo e magia. Margaret Davey, uma cozinheira inglesa, foi fervida viva em 1542 por envenenar uma série de empregadores sem motivo aparente. Pelo menos cinco assassinos canibais foram indiciados como “lobisomens” na França e na Alemanha entre os anos de 1573 e 1590. Em 1611, a condessa húngara ERZSEBET BATHORY foi condenada pela tortura de mulheres jovens até a morte para divertimento pessoal. A envenenadora francesa Marie de Brinvilliers praticava sua arte em inválidos antes de mudar para amigos e parentes e foi executada por seus crimes em 1676. Quatro anos depois, a França foi balançada pelo escândalo da “chambre ardente”, envolvendo a amante do rei, uma feiticeira de estilo próprio, e um velhaco padre católico em homicídios rituais de diversas centenas de crianças pequenas. Em 1719, as autoridades italianas executaram outra assassina do sexo feminino. Lousiania Tofania, sob a acusação de envenenamento de 600 vítimas.


                A tradição europeia  de assassinato em série continuou até o século XIX, com a ré alemã Gessina Gottfried decapitada em 1828, condenada pelo envenenamento de 20 vítimas ocasionais desde 1815. Na Inglaterra, os “Ladrões de Cadáveres” Burke e Hare logo cansaram-se de roubar túmulos por espécimes médicos e mataram 11 pessoas antes de serem capturados em 1828. Um pedinte austríaco, Swiatek, alimentou sua família faminta com pelo menos seis crianças assassinadas em 1850, e a cozinheira francesa Helene Jegado foi executada um ano depois, acusada de envenenar 60 pessoas em duas décadas. Joseph Philipe abateu prostitutas francesas na década de 1860, e “Jack, o Estripador” levou o jogo para Londres 20 anos depois, inspirando uma explosão de imitadores em Moscou, Viena e Nicarágua – mesmo Texas – no fim da década. Amélia Dyer, a DONA DE CRECHE inglesa, foi condenada em 1896 pelo assassinato de pelo menos 15 crianças pequenas. No ano seguinte, o necrófilo francês JOSEPH VACHER foi executado por assassinar 14 vítimas durante três anos.


Nos Estados Unidos, os irmãos Harpe, sedentos por sangue, aterrorizaram “Wildlerness Trail” na década de 1790, estripando suas vítimas e jogando os corpos cheios de pedras nos rios e lagos para evitar serem descobertos. John Dahmen condenado por dois homicídios em Indiana em 1820, confessou diversos outros na Europa e América antes de ser enforcado. O assassino da Nova Inglaterra, Samuel Green, foi creditado com “numerosos” assassinatos quando foi para o patíbulo em 1822. Quatro décadas depois, os irmãos Espinosa procuraram vingar-se pela Guerra Mexicana pelo assassinato de 16 ingleses em todo o sudoeste. Os assassinos do clã Bender despacharam pelo menos uma dúzia de viajantes do Kansas em 1872-1873, deixando o Estado um momento antes da justiça dos membros da corporação civil. Os anos de 1875-1876 trouxeram novidades terríveis para Boston, com o sacristão da igreja Thomas Piper condenado pelo assassinato de três mulheres, e a adolescente Jesse e Pomeroy sentenciada à prisão perpétua pela tortura-assassinato de crianças vizinhas. Stephen Richards, o “Demônio de Nebraska”, assassinou pelo menos nove vítimas antes de sua prisão em 1879. Em Chicago, o sadista Herman Mudgett construiu um “castelo de assassinatos” adequado ao cliente para dispor de visitantes do sexo feminino para a Feira Mundial de 1893; condenado por um assassinato, ele confessou outros 26 antes de ser enforcado. A enfermeira da Nova Inglaterra, Jane Toppan começou a envenenar seus pacientes em 1880; em seu julgamento, duas décadas depois, ela recitou os nomes das 31 vítimas que lembrava, enquanto seus promotores colocavam a contagem final próximo a cem.


Ironicamente, considerado o estado atual da angústia pública sobre o crime, a América detém muito de sua fronteira folclórica – e uma parte significativa de seus personagens modernos – a assassinos patológicos que foram transformados em heróis (ou, pelo menos, lendas) por uma volta histórica do destino. O homem das montanhas John Johnston (Jeremiah Johnson na versão de Hollywood) assassinou numerosos índios americanos ao vê-los e comeu seus fígados crus como um gesto de desdém. Henry McVarty, conhecido como William Bonney ou Billy the Kid, matou menos da metade das vítimas alegadas por ele em melodramas baratos do século XIX, mas ele ainda era um assassino de policiais sem remorso. O alcoólatra Clay Allison assassinou um companheiro de alojamento por roncar. Os verdadeiros assassinos prolíficos, como Bill Logley e John Wesley Hardin (40 vítimas conhecidas, “sem contar as mexicanas”), foram os racistas de gatilho rápido que assassinaram negros, hispânicos e índios em um segundo, por causa de um insulto imaginário, nunca hesitando em atirar em um delegado pelas costas se a oportunidade se apresentasse. Mesmo aqueles que de forma esporádica serviam como delegados, habitualmente mantinham um olho em “roubo fácil” na forma de uma diligência ou banco sem seguranças. Sua deificação posterior através de FICÇÃO E FILME tinha pouca ou nenhuma relação com os fatos de suas histórias cotidianas.


No século XX, os serial killers forneceram para a mídia algumas de suas manchetes mais ensanguentadas. LEONARD NELSON, o estrangulador que mencionava a Bíblia, estuprou e assassinou locatárias de costa a costa na década de 1920, antes que a corda de um enforcador canadense cortasse sua carreira. O CARNICEIRO LOUCO de Cleveland foi a sensação da década de 1930, logrando Eliot Ness e dissecando 16 vítimas tão habilmente que dez das cabeças nunca foram encontradas. As unidades da Guarda Nacional foram usadas para rastrear Charles Starkweather, o assassino aleatório de 11 vítimas em 1957-1958, e a “Besta do Sexo” MELVIN REES intimidou a nação com seus horríveis homicídios de oito vítimas em Maryland e Virgínia, dois anos depois. NA época em que ALBERT DESALVO confessou uma série de 13 homicídios em Boston, escapando do indiciamento com uma negociação de um pleito hábil em 1967, as autoridades reconheceram os sinais iniciais de aviso do que um porta-voz do FBI chamou de “uma epidemia de mania homicida”.


E, de fato, enquanto os assassinos em série são qualquer coisa menos “novidade”, os números de assassinos e vítimas aumentaram dramaticamente nos últimos anos. Entre 2900 e 1959, a polícia americana registrou uma média de dois casos de assassinato em série por ano em todo o país. Em 1969, as autoridades estavam registrando seis casos por ano, um número que quase triplicou na década de 1970. Em 1985, os novos serial killers estavam sendo informados em uma taxa média de três ao mês, uma taxa que permaneceu razoavelmente constante ao longo da década de 1990. O que quer que isto possa significar em termos de decadência da sociedade, os assassinatos em série são claramente uma “indústria crescente” e um desafio para a execução da lei neste milênio. 

Modus Operandi dos Serial Killers

Por todos os seus motivos, amplamente variados, independentemente de raça ou sexo, os serial killer’s geralmente caçam e matam suas presas humanas em uma das três formas, nômade, territorial ou métodos estacionários. Em raras ocasiões, mais particularmente quando corre risco de captura, um assassino pode mudar sua técnica, mas esses desvios são raros e nunca parecem durar muito.


Os ASSASSINOS NÔMADES são os viajantes, mudando-se frequentemente – muitas vezes de forma compulsiva – de um local para outro, matando conforme caminham. Esses caçadores são os primeiros os primeiros beneficiários da “LIGAÇÃO CEGA”, mudando de uma jurisdição para outra antes que a polícia de uma área reconheça o seu padrão de comportamento. Não é incomum os assassinos nômades, como HENRY LUCAS E OTTIS TOOLE, matarem em diversos estados diferentes, ou mesmo como “A Serpente”, Charles Sobhraj, matar em diversos países diferentes. Uma vítima encontrada pedindo carona no Texas pode ser assassinada no Novo México e descartada na Califórnia, assim confundindo os investigadores de homicídios (se na verdade o corpo for de todo encontrado).


Os ASSASSINOS TERRITORIAIS são de longe os mais comuns dos assassinos em série, delimitando um campo de caça particular que varia grandemente em tamanho de um caso para o próximo. Alguns como “O Filho de Sam” DAVID BERKOWITZ, delimitam uma cidade ou vizinhança em particular. Outros se estendem mais longe no campo, como quando o “ASSASSINO DE GREEN RIVER” buscou suas vítimas nas estradas entre Seattle e Tacoma, Washington. Outros se localizam em áreas mais restritas, orientados por uma compulsão pessoal para frequentar um local em particular. Lester Harrison, por exemplo, realizou todos os seus assassinatos, exceto um, nas proximidades do Grand Park de Chicago. Em teoria os assassinos territoriais seriam mais fáceis de se encontrar, pois oferecem aos investigadores de homicídio oportunidades frequentes para ver o produto de seu trabalho; mas alguns ainda conseguem permanecer à solta por anos – ou escapar, totalmente, como JACK, O ESTRIPADOR de Londres.


Os ASSASSINOS ESTACIONÁRIOS são os mais raros de todos, fazendo muitas (se não todas) de suas vítimas em um local. Os infratores, nesse grupo, são igualmente divididos entre aqueles que matam em casa e aqueles que assassinam no local de trabalho. Os assassinos de “casa” incluem muitas VIÚVAS NEGRAS que caçam em suas próprias famílias, além de outros, como JOHN GACY, que trazem estranhos para seu lar (e frequentemente escondem seus corpos nas instalações). Ao assassinos no local de trabalho incluem a maioria dos médicos e enfermeiras responsáveis pelos ASSASSINATOS MÉDICOS em casas de saúde e hospitais, e os espécimes anômalos como Calvin Jackson, um zelador de NY que estuprou e matou nove mulheres em um hotel para o qual ele foi contratado para limpar. Um caso aparentemente único na história é aquele de Jerry Spraggins, que aparentemente retornou três vezes dentro de muitos anos para um apartamento em Montclair, Nova Jersey, matando as inquilinas que não tinham nenhuma conexão entre si ou com ele.


Um assassino estacionário pode ser forçado a mudar periodicamente, por razões não relacionadas a seus crimes, mas ele, ou ela, normalmente manterá os padrões de caça estabelecidos. Da mesma forma, sempre existe a especulação no caso de assassinatos não resolvidos de que o assassino pode ter mudado para outra cidade ou estado, novamente, o GREEN RIVER vem à mente, com a especulação de que o assassino conhecido pode ter se mudado para San Diego, cidade do Kansas ou algum outro local com um predador sem nome à solta, mas sem evidência convincente (uma impressão digital, combinações balísticas, DNA) , nenhuma conclusão do tipo possui algum suporte em casos não resolvidos.

 

Assassinos Organizados

No linguajar do FBI, para fins de PERFIL BIOGRÁFICO, os assassinos motivados sexualmente são divididos em “organizados”, “desorganizados” e categorias “mistas”, baseados em características pessoais e evidências encontradas nas cenas dos crimes. Em tese, essas determinações auxiliam a polícia a rastrear suas presas, na prática, entretanto, não existe evidência persuasiva de perfil biográfico recente levando à prisão do assassino.


Conforme delineado pelos psicólogos “caçadores de mentes” do FBI, um assassino organizado típico possui boa inteligência e é socialmente competente, inclinando-se para ocupações qualificadas. Uma revisão da infância do sujeito, se e quando ele foi preso, normalmente revela alta posição da ordem de nascimento (o mais velho ou filho único), um pai com emprego estável e uma vida caseira marcada por disciplina inconsistente, alternativamente severa e indulgente. Na idade adulta, o assassino organizado frequentemente vive com uma parceira, uma esposa legal, e é sexualmente competente. A violência é precipitada pelo estresse, incluindo a discórdia conjugal ou perda do emprego, e é frequentemente abastecida pelo álcool. O assassino se desloca facilmente, mantendo um ou mais veículos em boas condições. Seu humor é controlado na caçada, e ele normalmente segue o progresso das investigações da polícia por meio da mídia. Se pressionado, o assassino organizado pode encontrar um novo trabalho ou deixar a cidade para evitar detenção.


As características da cena do crime de um infrator organizado tipicamente traem um assassinato planejado com antecedência, refletindo o controle total de seu meio ambiente pelo assassino. A vítima é normalmente um estranho (exceto no caso de predadores estacionários, que matam em suas casas ou local de trabalho). O caçador habitualmente prefere vítimas submissas, empregando restrições para anular a resistência durante a agressão sexual ou tortura. O assassino vem preparado com quaisquer ferramentas ou armas necessárias e remove-as da cena do crime quando acaba. Pode personalizar a vítima por meio de conversa controlada (mesmo manuscrita), assim alimentando as fantasias ritualísticas que dominam sua vida. Quando acaba com sua presa, o assassino organizado geralmente transporta o corpo para outro local e esconde-o com cuidado, esforçando-se para não deixar nenhuma evidência útil para trás. Alguns predadores são, na verdade, tão habilidosos, desde “JACK, O ESTRIPADOR” de Londres até nossos dias, que nunca são pegos. Aqueles capturados pela polícia mais frequentemente vêm a sofrer algum descuido ou má sorte – um bilhete de estacionamento entregou DAVID BERKOWITZ – e não pelo trabalho brilhante dos detetives.

Assassinos Desorganizados

Extremo oposto dos Assassinos Organizados, estes criminosos parecem ter três investidas contra eles antes mesmo de começarem. Fazem tudo errado, desde o primeiro ato impulsivo, até sua deserção de uma cena criminal caótica e dominada por indícios... e alguns deles ainda continuam a matar e matar novamente por anos até o fim, quando, por acaso, são pegos.


O assassino “normal” desorganizado possui inteligência média, se tanto, algumas vezes mentalmente atrasado, quase sempre socialmente imaturo. O criminoso espelha-se no registro de trabalho instável de seu pai, deixando ou perdendo um emprego após o outro, raramente sendo qualificado para uma ocupação especializada. Sua vida social é igualmente estéril: o criminoso vive tipicamente sozinho e é sexualmente incompetente, algumas vezes virgem (o estrangulador Harvey Glatman, por exemplo, experimentou sexo pela primeira vez aos 29 anos, quando estupro sua primeira vítima e a matou). O assassino desorganizado raramente bebe para aumentar sua coragem, e seus crimes são impulsivos e geralmente sem planejamento. Nenhum estresse grave de precipitação é visto; em vez disso, o assassino age ao acaso, quase por impulso, sem pensar durante suas ações. Ele, frequentemente, vive e/ou trabalha próximo à cena do crime, talvez atacando um vizinho e mostrando pouco interesse na cobertura da mídia do caso. Muito distraído ou lerdo para reconhecer o perigo, ele raramente faz qualquer mudança dramática no estilo de vida para evitar a detenção.


Uma cena de crime desorganizado cheira a espontaneidade. A vítima é frequentemente conhecida de seu agressor, e talvez por essa razão o assassino comumente despersonaliza sua face (desfigurando ou cobrindo seu rosto). A morte em si é sempre um ataque “relâmpago”, com pouca ou nenhuma conversa, muito distante das técnicas do assassino “organizado”, de sedução preparada. Por serem normalmente mortas ou incapacitadas em segundos, as vítimas raramente são atadas ou torturadas; qualquer agressão sexual é relatada tendo sido realizada no corpo. Por pensar tão pouco na captura, o assassino desorganizado raramente transporta ou esconde seus homicídios, deixando os corpos onde caíram e são facilmente encontrados. Pouco ou nenhum esforço é feito para limpar a cena do crime, esconder as armas, ou erradicar evidências tais como sêmen ou impressões digitais.


Pareceria, a partir desse critério, que cada assassino desorganizado seria pego após o primeiro ou segundo assassinato, mas este não é sempre o caso. Alguns, como o Vampiro de Sacramento, RICHARD TRENTON CHASE, embarcam em tal feroz atividade homicida que escapam dos investigadores durante um momento de desvio e torturam ampla gama de corpos no processo. Outros, como EDWARD GEIN, são abençoados pelas circunstâncias – locais remotos ou vizinhos particularmente desatentos – e assim eles podem matar por anos, mesmo décadas, sem serem expostos.

Sinais de Aviso de Tendências Violentas

Embora as generalizações sejam admitidas como perigosas, os psicólogoa há muito reconheceram determinados comportamentos infantis ou adolescentes como sintomas de violência a surgirem na fase adulta. A "tríade" frequentemente citada como sinais de aviso, incluindo incêndio criminoso, crueldade com animais e enurese adolescente persitente (urinar na cama) foi originalmente identificada em um único caso anônimo na década de 1940, mas o tempo provou, pelo menos, a validade geral de todos os três sintomas como indicadores de uma criança com sérios problemas mentais e emocionais.

O FBI trabalhou nessas mesmas orientações básicas com seu estudo de 36 assassinos sexualmente motivados, conduzido entre 1979 e 1983. As questões de validade do estudo de assassinos seriais em geral originam-se do fato de que todos aqueles questionados eram homens, e todos, exceto três deles, eram brancos, e nenhum assassino com outros motivos além de sexuais foram incluídos no estudo, mas os resultados ainda são instrutivos. De acordo com os resultados publicados pelo FBI, 43% dos assassinos foram sexualmente abusados na infância; 73% relataram "eventos estressantes sexualmente"; 72% admitiram fetichismo na infância; 68% sofreram de enurese qundo criança (60% durando até a adolescência); 56% provocaram incendios durante a infância (52% em sua adolescência); 36% torturaram animais quando criança (46% na adolescência); 54% foram cruéis com colegas de infância (64% quando adolescentes); 71% foram mentirosos crônicos e 38% agrediram adultos (até um gritante 84% na adolecência).

Além dos traços comportamentais, os analistas também compilaram listas de sintomas médicos ou genéticos mostrados pelos assim chamados "sementes ruins", supostamente predestinados à violência. Enquanto esses diagnósticos datando no momento após o nascimento (ou mesmo testes pré-natais) são perigosos, bradando crianças especialmente inócuas com "inclinações violentas", é igualmente claro que os indicadores comportamentais, especialmente aqueles envolvendo atividade violenta ou destrutiva na infância, sejam vistos como preocupação grave pelos pais, responsáveis e professores.

Vitimologia de Assassinato em Série

Enquanto os Serial Killers na Ficção e Filmes são frequentemente retratados como gênios distorcidos ou bestas mudas e sem sentimentos, selecionando suas presas por meios tão torcidos que é preciso um sensitivo ou perito em computação para desvendar seu projeto, a verdade é um tanto diferente. De fato, as vítimas da vida real de assassinos aleatórios são tão comuns como seus assassinos primeiramente parecem ser. Sua classe inclui homem e mulher, jovem e velho, todas as raças, influentes ou destituídos da sorte, bem educados e analfabetos. Eles são andarilhos e debutantes; donas de casa e prostitutas, aposentados e fugitivos, com a celebridade ocasinal incluída. Algumas estão cientes dos riscos quando saem às ruas; outras são desesperadamente cegas quanto ao perigo quando o assassino vem buscá-las em casa. Na verdade, o único traço em comum é seu momento no foco de uma fantasia distorcida de um assassino.

As vítimas masculinas assassinadas na América do Norte normalmente superam as femininas em três a um, mas os serial killers quese revertem essa tendência, com 65% de vítimas femininas e 35% de masculinas. As vítimas de ambos os sexos variam de bebês a idosos, dependendo da idiossincrasia pessoal do assassino. Em termos de desdobramento étnico, as vítimas de assassinato serial são 89% caucasianas e 10% negras; asiáticos e nativos americanos dividem 1% do restante. Quarenta e dois por cento das vítimas alvo dos assassinos em série são exclusivamente do sexo oposto, enquanto 16% matam apenas vítimas do mesmo sexo; 39% matam pelo menos uma vítima de cada sexo, e o sexo dos infratores permanece desconhecido em 3% de todos os casos dos assassinos ainda à solta, não vistos por testemunhas vivas. Entre os assassinatos "normais" da América, 94% envolvem assassinos e vítimas da mesma raça, mas os assassinos seriais ficam abaixo da norma, com 65% de seus assassinatos registrados na mesma categoria de raça; outros 10% matam somente membros de raças diferentes, enquanto 11% cruzam imparcialmente a linha de cor, de um crime para outro (uma falta de evidência deixa a raça do assassino desconhecida em 14% dos casos americanos).

Em termos de seleção, algo como 40% dos assassinos seriais da américa escolhem sua presa com base no sexo, e as vítimas femininas superam as masculinas em uma taxa de 10 para 1.

A idade é o próximo fator mais comum em seleção de vítimas seriais, com 6% dos assassinos aleatórios caçando crianças ou idosos. A saúde da vítima ou condição física é a primeira consideração do assassino em 3% dos assassinatos seriais ocorridos na América, geralmente envolvendo assassinatos médicos. A raça é um fator dominante na seleção da vítima em 2% dos predadores americanos, enquanto outros 2% aparentemente escolhem vítimas com base em sua residência (ou falta dessa, em que assassinos como Vaugh Greenwood perseguem os alvos sem teto, no Brasil esse tipo de crime também é bastante comum).

A aparência específica da vítima - em oposição a características gerais de sexo, raça ou idade - parece ser o critério básico para a seleção de 1% dos assassinatos seriais amercianos (William Hanson, o "Assassino do Saco de Papel" de São Francisco, atirou somente em homens de mais idade que caminhavam com dificuldade, confundindo cada um, por sua vez, com o homem que estuprou sua irmã). A ocupação atinge outro 1% de vítimas seriais americanas. A prostituição por ambos os sexos dominando a lista de assassinatos relacionados a trabalho (estudantes de instituição co-educacional de faculdade e dançarinos exóticos também classificam-se de forma significativa as vítimas escolhidas). Finalmente, 13% dos serial killers americanos parecem mudar seu critério quanto à seleção da vítima no decorrer do período - como Robert Shawcross mudando de assassinato de crianças no início da década de 1970 para prpostitutas em 1989, enquanto a base para seleção é desconhecida em 12% de todos os casos relatados.

Exceto em assassinos contratados, em que a vítima é selecionada para o assassinato por terceiros, serial killers geralmente procuram "alvos de oportunidade", pegando as vítimas conforme elas venham a minimizar riscos pessoais. Este traço, pelo menos em algum grau, colocar prostitutas e caronistas como vítimas frequentes; as duas classes (embora por razões diferentes) especializam-se em pegar caronas com estranhos. Outras "marcas fáceis" incluem sem tetos, casais estacionados em vias de amantes distantes, pacientes em hospitais ou casas de saúde e vítimas surpreendidas em sua própria cama por letais invasores de residência. Sempre que atacam, os psicólogos e os oficiais de execução da lei concordam, os serial killers comportam-se mais como predadores no reino selvagem, caçando o fraco e incauto, ficando à espera pela presa quando a prole raleia.

Troféus e Souvenirs mantidos por Serial Killers

Há muito foi reconhecido que alguns assassinos, especialmente aqueles dirigidos por motivos sexuais e sádicos, retêm objetos pessoais de suas vítimas como lembranças do evento. Nesses casos, os analistas do FBI fazem distinção entre troféus (colecionados por assassinos organizados para comemorar a caçada bem sucedida) e souvenirs (mantidos por assassinos desorganizados como combustível de suas fantasias); mas como os itens e seus métodos de coleção são idênticos, a distinção é amplamente semântica.

Os itens coletados pos assassinos seriais variam de comuns como fotografias, carteira de motorista, jóias ou alguma peça de roupa, a estranhos e bizarros, incluindo partes amputadas do corpo. O autor Joel Norris denomina esse comportamento como uma "fase de totem" de assassinato serial, em que os assassinos se prendem a símbolos de seus triunfos momentâneos, esperando prolongar a satisfação que os livra da realidade. Outros assassinos atingem o mesmo resultado seguindo seus casos na mídia, guardando artigos da imprensa ou colocando seus pensmaentos em um diário, até mesmo revisitando as cenas do crime, apesar de correrem risco.

Por desvio excessivo, nenhum caso até hoje atingiu a casa dos horrores de Wisconsin de Ed Gein - com as cabeças montadas em pilares, faces esfoladas pendendo das paredes e móbiles oscilantes feitos de partes de corpo feminino, mas os serial killers não mostram finalidade na variedade de sua seleção. Jerome Brudos fotografava suas vítimas e preservava um dos seios como um peso de papel. O canibal Stanley Baker levou os ossos de articulações de uma vítima em um bolso de seu cinto, enquanto Alex Mengel escalpelou uma mulher e usava seu cabelo como um disfarce em sua nova tentativa de rapto. Os sádicos Laurence Bittaker e Ian Brady recordavam os gritos de suas vítimas atormentadas enquanto Leonard Lake e outros preservaram seus crimes em videotape. No Egito, um serial killer prolífico pego em abril de 1920 mantinha as cabeças de 20 mulheres em sua casa.

Um aspecto interessante (se não conclusivo) da pesquisa do FBI sugere que os atiradores aleatórios são mais inclinados a determinados tipo de comportamento que os assassinos diretos. Os analistas dividem seus sujeitos cativos em dois grupos, uma para assassinos que usam exclusivamente armas de fogo, e outro limitado aos assassinos com preferência por instrumentos afiados ou de corte. Oitenta e dois por cento dos atiradores admitiram seguir seus casos na imprensa, enquanto somente 50% dos assassinos diretos estavam interessados. Dos atiradores, 64% guardavam artigos sobre si mesmos e 56% mantinham diários, contra 26% de principiantes e "shacker" em ambas as questões. Vinte e dois por cento dos atiradores fotogrfavam suas vítimas, enquanto somente 11% dos assassinos manuais portavam máquinas fotográficas. Os atiradores foram também marginalmente mais suscetíveis de revistar as cenas dos crimes, 34% a 44%, mas nenhuma diferença significativa foi vista para colecionar os troféus físicos. Os porta-vozes do FBI pararam logo de tirar conclusões de seus dados, mas a lógica dita que os atiradores buscam reafirmações de seus crimes, pois atirar é um ato mais remoto, no qual o contato físico, e assim, satisfação - do espancamento, do ato de apunhalar e estrangular suas vítimas mortalmente. 

Trauma de Infância como Precursor de Assassinato em Série

Antes que os médicos possam erradicar uma praga, as fontes de contágio devem ser reconhecidas e entendidas. O mesmo acontece com o omportamento aberrante de uma parte dos seres humanos. Pode não haver cura sem um reconhecimento da causa. O que motiva um homem ou uma mulher a adotar um estilo de vida predatório, apunhalando presas humanas por motivos que podem ser incompreensíveis a outros? Estes monstros nascem com seus instintos assassinos totais, sementes ruins com um incansável gosto genético por sangue, ou são formados e educados durante um período? Se determinarmos como esses predadores são formados, é possível romper o processo tão cedo a ponto de coseguirmos salvar vidas e daqueles que irão consequentemente destruir?

É incomum para os especialistas psiquiátricos concordarem em algo além das generalidades vagas, mas uma revisão da literatura atual sugere a proclamação da unanimidade no significado da saúde mental e física de um adulto desde a tenra infância. O elemento crucial é diferentemente denominado "vinculativo" e "anexo" e refere-se à conexão emocional formada entre a criança e seus pais, iniciada praticamente a partir do momento de seu nascimento. Esse vínculo é atingido por estágios e, enquanto os especialistas discordam sobre quanto tempo é necessário para completar o processo - estimativas publicadas variam de duas semanas a seis anos, todos concordam que a ruptura do vinculo pode produzir uma criança (ou adulto) incapaz de sentimentos de compaixão, afeição ou remorso. Como escreve a pediatra Selma Fraiberg em Every Child's Birthright (1977), "se tomarmos a evidência seriamente, devemos olhar para o bebê privado de companheiros humanos como um bebê em perigo mortal. Estes são bebês roubados de sua humanidade".

O pior cenário, a separação, pode produzir um indivíduo que sofre de transtornos de personalidade antissocial. Tendo sido comumente descritos como "psicopatas", esses indivíduos são então mais frequentemente denominados "sociopatas" para distinguirem sua aflição da condição separada, e mais grave, de psicose. Em essência, enquanto houver graus de gravidade relativa de TPAS, suas vítimas são essencialmente destituídas de consciência: elas são mentirosas crônicas, trapaceiras e ladras, autocentradas, frequentemente incapazes de empatia com outros seres humanos. Algumas "se ajustam" e conseguem viver suas vidas com o que psiquiatras e psicólogos  chamam de "máscara de santidade", como homens de negócios astutos, políticos "espertos" e similares. Mas para outros indivíduos, as mentiras e roubos insignificantes da infância levam à carreira criminosa vitalícia, e alguns desses são pouco mais que predadores brutais na forma humana.

Em alguns casos, o trauma começa na gestação, com os danos críticos incorridos pelo feto a partir do momento da concepção. A má nutrição durante a gravidez, por exemplo, pode resultar em desenvolvimento anormal do cérebro, especialmente com as mães na adolescência e gravidez de riso. Da mesma forma, o alcoolismo ou abuso de drogas pelas mães é outro perigo para o desenvolvimento fetal; estudos recentes sugerem que o uso habitual de cocaína pode também danificar o código genético do esperma. Afora os depfeitos físicos de nascimento, é mais provável que os filhos de alcoolistas e viciados entrem no mundo com danos cerebrais ou do sistema nervoso, limitando a capacidade da criança, e do futuro adulto de controlar o comportamento violento e impulsivo. Na verdade parece, a partir de estudos modernos, que mesmo uma gravidez não desejada ou infeliz, sem danos físicos, pode colocar em perigo o futuro de uma criança em gestação, à medida que a ansiedade materna resulta em secreção de hormônios prejudiciais ao feto.

O ambiente entre nomomento do parto e nada quebra o ciclo vinculativo da infância quanto ao abandono dos pais. Conforme observado  pelo autor John Bowlby (The Making and Breacking of Affectional Bonds [1979]), "Em psicopatas, a incidência de iligitimidade e a mudança de uma criança de um "lar" para outro é alta. Não é por acaso que [Ian] Brady, dos assassinos "Moors", seja um deles".

Nesse sentido as crianças entregues aos cuidados de tutela ou sistema de adoção podem ter mais sorte que alguns que ficam em casa. As famílias em disfunção são os cadinhos em potencial do crime, conforme indicado pelo estudo de três anos do FBI sobre 36 assassinos de motivaçõ sexual, incluindo 29 com vítimas múltiplas. Quanto à amostragem do FBI quastionando as histórias das famílias dos assassinos, 69% dessas relataram histórias de abuso por álcool; 53% relacionaram parentes com problemas psiquiátricos; 50% observaram histórias criinais de abuso familiar de drogas. O estudo do FBI apontou determinados fatores comuns na vida inicial dos assassinos, incluindo: (1) trauma, frequentemente na forma de abuso físico ou sexual; (2) desenvolvimento de falta de apoio a partir do trauma e (3) falha interpessoal por parte dos adultos responsáveis par servirem como modelos com papel positivo para a criança.

Alguns traumas da infância podem ser acidentais e vários serial killers relatam histórias de infância de ferimentos graves na cabeça. Mais frequentemente, entretanto, os danos sofridos por futuros criminosos são deliberadamente infligidos durante seus anos de formação que o contrário. 

O abuso na infância frequentemente resulta em isolamento social, incapacidade de aprendizado (47% dos assassinos pesquisados pelo FBI abandonaram o ensino médio) sintomas de impedimento neurológico (29% sofriam de dores de cabeça constantes; 19% estavam sujeitos a convulsões); problemas com autoridades ou autocontrole; atividade sexual precoce ou bizarra; abuso de substâncias; mesmo comportamento autodestrutivo. Em todos, o tema recorrente de abuso e trauma na infância entre os criminosos, e "assassinos por recreação" em particular, serve como evidência persuasiva de que os assassinos em série são feitos, não nascidos.

Sindrome da Morte Súbita Infantil como Cobertura para Assassinato Serial

Uma denominação de saco de bugigangas para as mortes de outra forma inexplicáveis de bebês, também conhecida como "morte de berço" na Inglaterra, a síndrome de morte súbita infantil (SMSI) aparentemente fornece uma cobertura conveniente para aqueles pais serial killers que assassinam suas próprias crianças, tnto por lucro (seguro de vida) quanto por alguma compulsão mórbida de matar. Uma média de sete a oito mil bebês morrem de SMSI nos Estados Unidos a cada ano sem sintoma de qualquer doença reconhecível e, enquanto essas mortes foam rotineiramente ignoradas durante décadas, as autoridades agora acreditam que 20% das supostas vítimas de SMSI podem na verdade ter sido assassinadas por pais ou por outros responsáveis. 

Ironicamente, foi um artigo de 1972 sobre SMSI, publicado no jornal médico Pediatrics, que motivou a reversão de opinião entre médicos e os oficiais de execução da lei. O autor do artigo, Dr. Alfred Steinschneider, depois presidente do Instituto da Síndrome de Morte Súbita Infantil em Atlanta, deu o perfil biográfico de uma família anônima com cinco filhos perdidos por SMSI, usando o caso para apoiar sua teoria de que um defeito genético pode produzir apnéia prolongada (interrupção da respiração infantil durante o sono) e assim causar morte. O procurador do estado Willian Fitzpatrick de Onondaga, Nova York, leu o artigo em 1986 como material de apoio para um caso de infanticídio não relacionado e instantaneamente suspeitou do crime na família identificada somente como "H.". Anos de trabalho de detetive nos registros públicos finalmente identificaram Waneta Hoyt, de Berkshire, Nova York, a dona de casa condenada em 1995 por assassinar cinco bebês e sentenciada a pena de prisão de 75 anos até prisão perpétua.

O caso de Hoyt, infelizmente, está longe de ser único. Outra nova-iorquina, Marubeth Tinning, é suspeita de assassinar oito crianças, mas foi condenada em um caso de assassinato. Diana Lumbrera perdeu sete filhos até as autoridades intervirem; ela agora está condenada pelos assassinatos de dois, no Texas e Kansas. Martha Woods também perdeu sete filhos antes de ser sentenciada à prisão perpétua em uma acusação de assassinato doloso em Maryland. Debra Sue Tuggle fez pelo menos cinco pequenas vítimas antes de ser condenada por assassinato em 1984; mesmo assim, um júri compadecido recomendou a sentença mínima de dez anos. Em 1994, a residente de Illinois, Fail Savage, admitiu a culpa por sufocar três de suas crianças, enquanto Debra Gedzuis, suspeita de matar seis crianças e seu marido, escapou do processo graças à confusão da opinião de "especialista" sobre SMSI.

Hoje, muitos pediatras descartam a noção de SMSI "hereditária", concordando com o examinador de San Antonio, Vicent di Maio, que "duas mortes por SMSI em uma família são improváveis, mas três é impossível". Mesmo assim, neste momento apenas dez Estados rotineiramente fazem a necropsia das supostas vítimas de SIDS. Muitos hospitais e promotores ainda aplicam o que Di Maio chama de Regra dos Três Bebês. "Você espera até eles matarem a terceira criança", ele explica, antes das exumações e autópsias ordenadas pelo tribunal começarem. Mesmo assim, podem não existir evidências conclusivas de homicídio, com sufocação "suave", o método de escolha entre os serial killers de bebês. Ainda outro problema com alguns médicos é a aplicação do diagnóstico de SMSI para explicar mortes de crianças com idade de 2 anos e mais velhas. A opinião majoritária então concorre que SMSI nunca deveria ser relacionada como uma causa de morte para crianças acima de um ano de idade.

"Sementes Ruins": Matadores Inatos

A noção de traços criminais inerentes não é nova. Na verdade, o primeiro sistema científico de identificação criminal foi criado pelo antropólogo francês Alphonse Bertillion em 1879, baseado em um sistema complexo de medidas corporais, icluindo aquelas da cabeça e características faciais. Enquanto o sistema de Bertillion era afinal desacreditado, a crença em "tipos criminosos" hereditários persistia em alguns quadrantes, e posteriormente armazenou apoio, embora condicional, de profissionais médicos e psiquiátricos.

O rótulo de "semnte ruim" deriva do romance de março de 1954 de Willian, de mesmo nome, que contava a história de uma homicida de 8 anos, cujas tendências violentas foram herdadas de uma mãe assassina que ela nunca conheceu. Em 1954, naturalmente, era bem conhecido que muitos, se não a maioria, dos criminosos violentos emergiram de casas em que o trauma infantil e o abuso eram rotina. Ao mesmo tempo, entretanto, casos de aberração ocasional (ou aquelas com histórias incompletas de ofensa) desafiavam os patrocinadores de causas ambientais no argumento "natureza versus natureza".

Nos anos de 1960, alguns pesquisadores perseguiram ardentemente a "síndrome XYY", recebendo este nome os indivíduos nascidos com um cromossomo Y excedente, ou masculino. Estima-se que cem mil homens surgem assim providos nos Estados Unidos, anualmente, e foi sugerido que o traço extra de "masculinidade" torna-os mais agressivos, mesmo violentos, com uma tendência maior em direção a atividades criminosas. A teoria teve um impulso em 1966, quando um assassino aleatório, Richard Speck, foi diagnosticado, por engano, como se soube, como tal "supermacho". Pesquisadores ansiosos citaram sua estatura e acne facial como sintomas seguros de síndrome XYY compreendem uma porcentagem maior da população masculina em geral, mas esses números são facilmente distorcidos. Conforme os autores Jack Levin e James Fox apontaram em Massachusetts Murder (1985), os homens XYY que terminam na prisão ou instituições legais acusados de crimes violentos constituem um segmento minúsculo do grupo total.

Outro proponente da teoria de "semente ruim" o falecido Joel Norris, cita 23 sintomas de danos genéticos encontrados em uma seleta relação de serial killers modernos. Os sinais de aviso variam de pontas dos dedos bulbosas e quinto dedo curvado a dentes tortos e "cabelos elétricos que não assentam". Ifelizmente, a lista de "sintomas de matador" é tão ampla e finalmente vaga que foi considerada quase inútil.

Pesquisas modernas em violência episódica estudam o hipotálamo, algumas vezes descrito como o "regulador da voltagem emocional" do cérebro. A médica Helen Morrison, psiquiatra de Chicago cujos assuntos de entrevista incluem John Gacy, Peter Sutcliffe e "Mad Biter" Richard Macek, cita os danos à região do hipotálamo do cérebro como uma causa em potencial de crime violento. O hipotálamo regula a produção de hormônio, incluindo as glândulas adrenal e tireóide com a correpondente influência na resposta do indivíduo às ameaças reais ou percebidas. Em essência, a Dra. Morrison argumenta que os danos ao hipotálamo podem impedir um indivíduo de crescer em direção à maturidade emocional. Quando ameaçado ou insultado, mesmo se a ameaça for mera ilusão, os indivíduos com danos no hipotálamo podem responder com mau humor infantil... e armas de adultos crescidos.

O desequilíbrio químico pode também afetar a atitude e os comportamentos humanos, não importa se resultar de danos cerebrais, disfunção glandular, contaminantes ambientais ou ingestão deliberada de drogas e álcool. A maníaco-depressão, a esquizofrenia e algumas formas de psicose são tratáveis com medicação em graus variados, se tiverem origem dentro do corpo, em lugar da mente. Hoje, sabemos que essas doenças podem também ser hereditárias, transmitidas ao longo de muitas gerações de uma única família, em cujo caso determinados assassinos esquizofrênicos ou psicóticos podem na verdade ser os proverbiais "sementes ruins". 

Existem, naturalmente, riscos substanciais envolvidos ao tentar predizer o comportamento adulto de um indivíduo a partir de sintomas infantis específicos, e deve ser concedido à vasta maioria das crianças de famílias "corrompidas", ou de lares abusivos, não continuarem a matar por esporte. Teorias de previsão são baseadas em pequenas amostras, algumas vezes um único caso e o sujeito escolhido para a revisão atraiu tipicamente muita atenção a si mesmo por seu comportamento bizarro. Na prática, alguns dos piores serial killers, incluindo os feitos de Charles Manson e Henry Lucas, apresentam histórias tanto de abuso grave e genético, como disfunção herdada. Frequentemente, a descendência de pais alcoolistas, com abuso de drogas e histórias criminais, sendo torturados e molestados na infância podem, de fato, fazer tais monstros humanos nascerem.

 

Pessoas Desaparecidas como Vítimas em Potencial

Qualquer discussão de assassinato em série, e particularmente assassinatos não resolvidos, toca finalmente no assunto de pessoas desaparecidas na América. Uma razão disso é a impossibilidade de se estimar o número de serial killers à solta, muito menos calcular o número de suas vítimas, isto porque as polícias no mundo ainda não possuem um método padrão para registrar os relatórios de pessoas desaparecidas. Com muita frequência, parece que esses relatórios são simplesmente arquivados e instantaneamente esquecidos pelas autoridades que têm suas mãos ocupadas tratando de criminosos e de vítimas que podem ver.

Dean Corll e seus cúmplices levaram três anos para assassinar 27 meninos em Houston, Texas (USA), mas os crimes não foram revelados até a morte de Corll, em agosto de 1973. John Gacy gastou a maior parte de sete anos plantando corpos em um espaço lotado sob sua casa em um subúrbio de Chicago (USA), antes de uma simples negligência levar a polícia para sua porta. Juan Corona, da Califórnia, foi mais enérgico, confiirmando 26 vidas em três meses; mas nenhuma de suas vítimas transitórias teve seu desaparecimento relatado, até o fazendeiro da cidade de Yuba tropeçar na primeira das muitas covas rasas.

É alarmante descobrir que frequentemente não sabemos quem está morto ou desaparecido na maioria dos casos hoje em dia. Em 1984, o Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos estimou que 1,8 milhão de crianças desapareceram de casa a cada ano; 95% são listadas como fugitivas e 90% dessas retornam para casa dentro de duas semanas, deixando "apenas" 171 mil crianças à solta nas ruas. Cinco por cento das desaparecidas, algo como 190 mil, são identificadas como raptadas, com 72 mil supostamente raptadas por pais envolvidos em disputas acirradas de custódia. As outras 18 mil crinças simplesmente desapareceram.

Uma camada do FBI duvidou dessas estatísticas três anos depois, relatando que o FBI teria investigado apenas 150 "raptos estranhos" de crianças entre 1984 e 1986. Mas, o que nessa negativa realmente prova? Os agentes federais normalmente permanecem indiferentes a casos de rapto na ausência de exigências de resgate ou evidência concreta de fuga interestadual, e eles não têm nenhuma notificação de fugitivos. Na verdade, as próprias estatísticas são suspeitas, considerando que o porta voz do FBI radicalmente mudou seu tom em 1995, admitindo os relatórios de cerca de 300 raptos estranhos ao ano, uma média de um a cada 29 horas em toda a américa.

Os casos de adultos desaparecidos ainda são mais obscuros, sem nenhuma estatítica prontamente disponível de qualquer fonte. Uma estimativa publicada em 1970, sem dúvida conservadora, sugere que pelo menos cem mil adultos desaparecem nos Estados Unidos a cada ano. Novamente, a basta maioria é cosiderada fugitiva, de dívidas ou casamentos acabados, aumentando o número de sem tetos viajando à procura de trabalho e climas mais quentes, mas o fato permanece que alguns, sem dúvida, caem presas de predadores humanos. Cinco vítimas de Juan Corona dos violentos assassinatos de 1971 permanecem não identificados até hoje. Fora de Chillicothe, Misaouri, Ray e Faye Copeland pagavam seus auxiliares transitórios na fazenda com balas na cabeça, e ningém deu falta dos homens desaparecidos.

Um corolário do problema de pessoas desaparecidas é a abundância de restos não identificados anulamente descobertos na América. Raramente, um dia se passa sem anúncio de um corpo oi esqueleto foi recuperado em algum lugar, desde os becos sujos de New York, Chicago ou Los Angeles, até os desertos do sudoeste ou pântano ao sul, nas florestas de pinho da Nova Inglaterra ou dos declives ásperos das montanhas de Waashington e Oregon. A decomposição frequentemente impede o diagnóstico de qualquer causa de morte, e grande números (talvez centenas) de pessoas são colocadas em túmulos pobres sem nome a cada ano, inseridas nos registros policiais como "John" ou "Jane Doe".

Não deveria supor, naturalmente, que a cada pessoa desaparecida na América e cada conjunto de restos não identificados denotem algum seperpredador à solta e assassinatos com impunidade. Ao mesmo tempo, é inocente pensar que cada criança desaparecida (ou adulto) no país simplesmente "foge" à procura de pastos mais verdes, ou que cada esqueleto descorado pelo sol descoberto fora de cada caminho pisado é simplesmente mais um andarilho descuidado que foi presa de famintos ou do ambiente. A verdade, sem dúvida, está em algum lugar entre estes, e pode nunca ser revelada sem os esforços conjuntos por parte dos oficiais de execução da lei de ponta a ponta.

Parafilia e Assassinato em Série

Mais comumente conhecido como perversão ou fetichismo, parafilia (do grego para: "além", "impróprio" e philia: "anexo a") descreve a má orientação do desejo sexual para objetos incomuns e anormais. Os serial killers frequentemente sofrem de disfunções sexuais que impedem os relacionamentos normais. Algumas das parafilias pertinentes demonstradas desses casos incluem: 

 

Antropofagia - fixação sexual em comer carne humana em uma ato de canibalismo. Quando aplicada especificamente aos corpos, frequentemente em decomposição avançada, o termo adequado é Necrofilia. O canibalismo de meninas como praticado por ALBERT FISH, é chamado Partenofagia.

 

Bestialidade (ou zoofilia) - atividade sexual com animais, conforme praticada na infância por HENRY LUCAS e outros. A tortura e mutilação de animais, vista como SINAL DE AVISO ( veja título acima na mesma página) na ainfância de futura violênci, é denominado pelo termo Sadismo Bestial.

 

Servidão - o uso de restrições em atividade sexual pode ser sem danos entre adultos, com consentimento, com limites estabelecidos; quando empregados por indivíduos homicidas, tais como Harvey Glatman em Los Angeles, torna-se um prelúdio para a tortura e a morte.

 

Coprofilia / Coprolagnia - excitação despertada por fezes, mostrada nos escritos de Gerard Schefer, descrevendo a defecação por suas vítimas do sexo feminino no momento da morte. Quando o consumo de fezes está envolvido, como aconteceu com ALBERT FISH, o termo adequado é Coprofagia.

 

Hematofilia / Hematomania - fixação por sangue, comumente vista em casos de vampirismo, tais como o de John Haigh.

 

Mutilação - frequentemente vista em crimes sádicos ou sexualmente motivados. Colobose, refere-se  especificamente a mutilação da genitália masculina; Mazoperose, aos seios femininos, Perogini, à mutilação de mulheres (basicamente dos geniatis), e necrossadismo, à mutilação de corpos (algumas vezes realizada dias ou semanas após o assassinato, quando o assassino visita novamente a cena do crime).

 

Necrofilia - fixação sexual com a morte e os corpos. Quando a obsessão se origina na relação, é adequadamente chamada de necroito"Necrochlesis" refere-se especificamente ao sexo com um corpo feminino.

 

Pedofiliaa propensão para sexo com crianças, vista em muitos assassinos seriais de crianças. A fixação em meninos pequenos é também chamada pederastia.

 

Piromania / Pirofilia - a liberação sexual obtida por colocar e/ou observar incêndios, uma condição encontrada em muitos casos de incendiários.

 

Sadismo - excitação dependente do sofrimento de outros, denominada no Manual de Classificação de Crimes do FBI (1992) como um dos principais motivos para crimes sexuais e assassinato serial.

 

Voyerismo - geralmente o ato passivo de assistir a outros desnudarem-se ou praticarem sexo, tipicamente acompanhado de masturbação; o espiar algumas vezes torna-se mortal em face da crescente frustração.

Admiradores de Serial Killers

AGUARDE PESQUISA ATUALIZADA!

Encarceramento de Serial Killers

A sociedade tende a esquecer os criminosos quando eles são condenados e sentenciados à prisão ou morte. A cada novo di, há manchetes de novas atrocidades, outro fantasma para conjurar pesadelos. O monstro do ano anterior é uma memória desbotada, exceto pelas suas vítimas sobreviventes; a poeira só é retirada dos horríveis detalhes em aniversários especiais e audiências esporádicas de condicional. Quem, além de um conjunto de detetives idosos e fãs de crimes, lembra-se do nome do "Mordedor Louco" de Wisconsin? "Tom Estrupador Vampito" de Montreal? O atirador "Espretador Tom" de Washington, D.C.?

Infelizmente, o alívio gerado pela convicção de se encontrar um predador implacável é sempre prematuro. Em muitos casos, a disposição pela condenação de prisão, mesmo prisão perpétua sem condicional, e definitiva. Os assassinos ocasionais têm uma forma de voltar a assustar a sociedade como um todo, além do escopo dos artigos de retrospectiva e transmissões do tipo tablóide da tv.

Com muita frequência, todos retornam com todas as vantagens para matar novamente.

Os serial killers, assim como os companheiros "normais", respondem ao confinamento de diversas formas. Como camaleões naturais, hábeis desde a infância na arte de cobrir seus passos, alguns se tornam prisioneiros modelo, seguindo cada regra ao pé da letra, trabalhando em tempo extra para aconselhar e encorajar os outros internos. Muitos "se tornam religiosos" e são "renascidos", como no caso de Charles ("Texas") Watson, um ex aluno da Família Manson que opera seu próprio ministério por trás das paredes da prisão, recebendo doações regulares de seu rebanho.

Pode ser discutido (e persuasivamente) que assassinos ocasionais se dedicam às regras ou "encontram o Senhor" com os seus próprios motivos em mente, empenhando-se para agradar seus captores e influenciar futuros conselhos de condicional. O autor Joel Norris, por outro lado, descreve a aquiescência com a autoridade como um reflexo natural do serial killer, induzido pela imposição de um ambiente ordenado e remoção daqueles estímulos como drogas, alcool, pornografia, mesmo alimentos pouco nutritivos, que contribuem para um compotamento errático e aberrante. Qualquer que seja a teoria vencedora, permanece o afto de muitos assasinos aleatórios nunca se adaptarem à vida em uma gaiola, incluindo 2% que se esquivam da custódia por meio do suicídio. Ao mesmo tempo, outros 2% dos assassinos em série dos Estados Unidos continuam a matar atrás das grades, desafogando sua raiva nos guardas, colegas internos e mesmo visitantes. Outros 5% têm suas fugas em seus registros e 71% daqueles que escapam cometem um ou mais assassinatos antes de serem pegos novamente.

A condicional é improvável (embora não desconhecida) para serial killer notórios, mas um olhar nos registros revela um número alarmante dos que recebem a liberdade condicional após seu primeiro assassinato, algumas vezes tendo negociado nas acusações de homicídio para um delito menor, tais como o homicídio culposo ou agressão com agravantes. 

Hoje no Brasil, luta-se para diminuir a maioridade penal por crimes brutais, numa tentativa de diminuir a impunidade e inibir novos crimes, mas antes de mais nada, uma vasta reforma em todo o sistema prisional brasileiro se faz mais do que necessária.

Crimes Sexuais em Série e Assassinato

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Armas preferidas por serial killers

No que se refere a escolha de armas, os serial Killers Americanos desafiam todas as normas nacionais. em 1996, de acordo com o relatório de crimes uniformes do FBI, 68% dos assassinatos americanos foram cometidos com armas de fogo, 26% foram o resultado de violência manual (apunhalar, bater, estrangular) e outros 6% forma cometidos por outros meios, incluindo incêndios  bombas e veneno. Os assassinos seriais, em contraste, preferem o toque pessoal: 51% matam com as próprias mãos, enquanto 22% confiam exclusivamente em armas e 10% utilizam 'outros' meio; outros 14% alteram entre titos e ataques manuais e 3% usam qualquer coisa tudo que estiver disponível como ferramentas homicidas.

 

Ao classificar os assassinos motivados sexualmente como organizados e desorganizados, os analistas do FBI determinaram que o primeiro grupo normalmente planeja seus crimes em detalhes, procurando todas as armas necessárias com bastante antecedência  o segundo tipo mata mais frequentemente por impulso, chegando assim despreparado, e encontram suas armas á sua espera na cena do crime. Os infratores ''desorganizados'' também possuem tendencia a deixar suas ferramentas para trás  frequentemente com impressões digitais uteis, enquanto seus concorrentes ''organizados'' mantem (ou descartam) suas armas em um esforço para evitar a detecção.

 

Uma lacuna significativa na ''norma'' de assassinato serial é notada quando as drogas e venenos utilizados. Com a execução dos Assassinos médicos os quais, tanto homens como mulheres, mostram inclinação por injeções letais, a maioria dos envenenadores são mulheres, tipicamente ''Viúvas negras'' que temperam a comida caseira com ingredientes nada ortodoxos, variando de arsênico a anti-coagulante. essa tendencia das assassinas, para evitar o uso de armas, machados e fio de piano, motivou alguns a nomeá-las ''assassinas gentis'', mas esta designação deixa de reconhecer o sofrimento passado por muitas vitimas de sucessivas doses mortais, que resultam em cegueira, convulsões, hemorragias e uma morte prolongada e agonizante.

 

 

Fonte de apoio: Enciclopédia de Serial Killers / Michael Newton

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