Mulheres que Torturam Estranhos
Mulheres sádicas solitárias como vimos, tendem a dirigir sua crueldade sobre suas crianças e parentes adultos. No entanto, mulheres sádicas que trabalham como enfermeiras atacam seus pacientes indefesos. Como principais exemplos temos as assassinas seriais femininas Genene Jones e Cathy Wood. A mulher sádica costuma escolher as vítimas em sua arena doméstica e de trabalho porque não tem a força física necessária para raptar estranhos, e levar um estranho para a floresta ou uma construção abandonada para torturá-lo iria afastá-la de sua zona de conforto.
Tristemente, o caso seguinte mostra que quando uma mulher sádica está capacitada a aterrorizar estranhos dentro daquela zona de conforto, ela pode retornar ao desafio várias vezes.
Caso IRMA ILSE IDA GRESE
Irma nasceu em 7 de outubro de 1923, filha de Bertha e Alfred Grese. O casal mais tarde teve uma segunda filha, Helene, e a família inteira trabalhava nima fazenda agrícola na Alemanha. Quando Irma tinha doze anos, sua mãe morreu, e ela foi deixada à mercê do pai, um rígido disciplinador. A vida das meninas, a partir daí, passou a girar em torno da escola e da igreja. Irma e Helene ansiavam por juntar-se ao grupo de juventude nazista, ao qual a maioria de seus colegas de escola pertencia, pois isso lhes permitiria desfrutar de um mundo de piqueniques e viagens.
Alfred Grese recusou-se a permitir que as filhas entrassem para o grupo. Pode parecer que tenha sido uma decisão sensível, mas na verdade tudo o que ele queria era enfatizar sua abordagem antiquada, e a adolescente Irma se sentiu frustrada. Alfred estava se tornando cada vez mais recluso, de modo que Irma raramente conseguia ir a qualquer lugar.
Uma fotografia tirada durante sua adolescência mostra uma garota um tanto quanto gordinha olhando zangada para a câmera, os cabelos repuxados para trás, as mãos fechadas em punho. Os jornalistas que viram essa foto iriam descrever Irma, anos mais tarde, como sem graça, e sugerir que seu sadismo se voltara contra mulheres mais atraentes, mas Irma Grese floresceu depois de deixar a casa paterna, e testemunhas posteriores a descreveram como uma bela loira. Aqueles mesmos jornalistas mencionaram que ela vinha de uma boa família trabalhadora, e se esqueceram de informar que a mãe de Irma havia morrido num momento crucial de sua existência, e que seu pai era profundamente conservador, muito rígido e que lhe aplicava castigos físicos.
UM ESPANCAMENTO SELVAGEM
A infeliz jovem deixou a escola aos quinze anos e passou seis meses trabalhando na lavoura antes de conseguir emprego numa lija. Mais seis meses e ela passou a trabalhar como ajudante de enfermeira num sanatório, e disse a sua irmã que estava desesperada por escapar de casa.
Irma decidiu que desejava se tornar enfermeira, pessoas que se sentiram negligenciadas com frequência entram para enfermagem, acreditando que não podem ser amadas por si mesmas, apenas por oferecer cuidados infinitos a outros. Ela também esperava que tal emprego lhe permitisse encontrar um médico com quem se casar, mas seu trabalho no hospital foi insatisfatório, e lhe disseram para procurar outro emprego.
Ela encontrou colocação por alguns meses num laticínio, e depois foi buscar ajuda na agência de empregos local. Lá, foi-lhe explicado que os campos de concentração precisavam de pessoas com habilidades de quase enfermeiros, havia muitas doenças com que se lidar, e assim, no verão de 1942, enviaram-na ao campo de concentração de Ravensbruck, para treinamento. Em seguida, Irma foi para casa, por umas curtas férias, mas quando seu pai descobriu que estava trabalhando nos campos de extermínio, surrou-a impiedosamente e a expulsou.
VINGANÇA
Sem ter onde morar, Irma Grese voltou a Ravensbruck e, aos dezenove anos, foi feita supervisora. No ano seguinte, transferiram-na para Auschwitz, onde ficou encarregada de trinta mil prisioneiras, polonesas e húngaras. Todas essas mulheres eram vistas pelos guardas como completamente dispensáveis, de modo que a criança espancada podia agora ter sua vingança última.
às sete e meia de cada manhã, Grese começava a patrulhar o território, aterrorizando as prisioneiras. Costumava escolher arbitrariamente uma mulher para flagelá-la até que implorasse por misericórdia. Gostava sobretudo de ferir aquelas com grandes bustos, ordenando-lhes que abrissem as blusas para cortar seus seios com um chicote. Depois ordenava que uma das colegas com treinamento médico costurasse a mulher sem o benefício de anestésico, e se punha a observar, balançando-se orgasticamente e espumando pela boca.
A jovem sádica também adorava atiçar seus dois cães alsacianos, que ela mantinha sempre famintos, sobre os prisioneiros. Por vezes Irma pularia sobre o abdome das mulhres para que seus intestinos se espalhassem para os cães comerem. Durante esses atos ela respirava pesadamente e parecia estar num estado de grande exitação sexual.
Grese arranjou os assassinatos de um número desconhecido de mulheres, colocando uma pá do lado de fora de uma cerca de arames frouxos e ordenando-lhes que fossem buscar. As mulheres eram então fuziladas pelos guardas na torre, que pensavam que estavam tentando escapar. Ela também fuzilou muitas prisioneiras com sua própria pistola, às vezes mirando com cuidado para que o projétil acertasse o rosto da vítima. Como muitos sádicos, ela mantinha lembranças de sua crueldade: fez com que arrancassem a pele de três de suas vítimas depois da morte, para que pudesse confeccionar abajures.
Pouco após ter sido transferida para Belsen, esse campo foi liberado pelos britânicos, e Irma Grese e outros guardas sádicos foram presos. Irma foi uma entre quarenta e quatro guardas indiciados por crime de guerra epla corte militar britânica. Seu julgamento teve lugar em Hamburgo, Alemanha, no outono de 1945, e ela se declarou inocente, dizendo que algumas vezes chegara a bater em prisioneiras, porém nunca as torturara, e muito menos assassinara.
No entanto, os sobreviventes do campo fizeram detalhados relatos tanto dela quanto de sua crueldade lendária e ações homicidas, e Irma foi sentenciada à forca. O que se fala sobre sua reação ao ouvir a sentença de morte varia: houve quem dissesse que Irma não demonstrou emoção; mas aqueles que negam o holocausto insistiram que ela chorou. O famoso carrasco Albert Pierrepoint foi enviado à Alemanha para realizar sua execução. Irma riu quando ele precisou pesá-la e quando lhe perguntou a idade, vinte e um anos.
Ela permanecia calma no dia seguinte, quando entrou na câmara de execução e caminhou para o cadafalso, pois em sua mente doentia acreditava que Himmler era responsável por tudo aquilo, e não ela. Beijou um crucifixo antes que o capuz fosse colocado no lugar, e sussurrou para o executor que se apressasse. Vinte minutos mais tarde, seu corpo foi baixado e enviado para o sepultamento. O carrasco lamentou ter tido de enforcar uma mulher tão jovem e bonita.
Mulheres que Matam com Parceiros
Mulheres sádicas que matam com um cúmplice homem têm mais probabilidade de sequestrar e torturar estranhos: Charlene Galego que agia junto com o marido, mordia os mamilos de suas vítimas adolescentes; Judith Neelley injetou desinfetante de esgoto numa menina de treze anos que o marido, Alvin Neelley, atacara sexualmente; e Rose West violava mulheres jovens com pênis artificiais de tamanho exagerado, enquanto Fred West observava. Embora elas próprias fossem jovens, todas as três atraíam vítimas ainda mais novas para sua teia sádica.
Do mesmo modo, em 2001, uma mulher de Long Island, de quarenta e seis anos, foi presa junto com o marido por torturar uma garota de dezoito anos em sua casa. A mulher se tornara amiga da adolescente através da internet. Seis meses depois, sequestrou a garota, amarrou-a e a torturou por uma semana.
Em outras instâncias, um dos parceiros é mais relutante que o outro em causar angústia. Karla Homolka se encolhia ao seguir as instruções do marido de inserir um gargalo de garrafa no ânus de uma vítima adolescente, e Gwen Graham, que gostava de jogos sadomasoquistas consensuais com várias amantes lésbicas, não demonstrou nenhum sadismo em relação a seus pacientes de enfermagem depois que terminou o relacionamento com a manipuladora Cathy Wood. Myra Hindley mostrava poucos traços de sadomasoquismo em sua personalidade histriônica, no entanto, permitia que Ian Brady a flagelasse, e exibiu as marcas do chicote em suas nádegas para a câmera dele.
Criadora de Anjos de Nagyrév
A região da morte
A noventa e seis quilômetros a sudeste de Budapeste encontra-se o pouco conhecido vilarejo agrícola chamado Nagyrév, próximo a Tiszakurt. No início do século passado esses dois lugares remotos foram assolados por um bando de assassinos em série. Ao longo de um período de quinze anos essas pessoas mataram cerca de trezentas outras pessoas. As mortes começaram durante a Primeira Guerra Mundial. Sem hospital em Nagyrév, uma parteira e aborteira, Sra. Julius Fazekas, atendia às necessidades do povo do vilarejo, auxiliada por sua amiga Susanna Olah. Muitos homens do lugar estavam fora lutando, mas havia um campo de prosioneiros de guerra próximo dali, e muitas mulheres locais se envolviam com os prisioneiros. Muitas delas tinham dois ou mais amantes no acapamamento.
Quando os homens voltavam do front, as mulheres não ficaram contentes com o fim da liberdade sexual. Fasekas e Olah ouviram as queixas e começaram a vender arsênico, retirado de papel mata-moscas, para as mulheres descontentes. Em 1914 Peter Hegedus foi a primeira vítima. Cerca de cinquenta mulheres compraram o veneno e começaram a se chamar de "Criadoras de Anjos de Nagyrév". Algumas se entusiasmavam tanto que matavam filhos e parentes, além do marido.
Uma mulher, Marie Kardos, 45 anos, matou o marido, o amante e o filho deficiente de 23 anos, o que deu à área o nome de "Região da Morte". O primo da Sra. Fazekas assinava os atestados de óbito para todas as vítimas. Em julho de 1929 as mortes cessaram depois de a Sra. Ladislau Szabó colocar veneno no vinho de um homem que procurou a polícia.
Depois da descoberta, a polícia seguiu a Sra. Fasekas e realizou 38 prisões, sendo que 8 dessas mulheres presas foram sentenciadas à morte.
Por fim, a Sra. Fasekas escapou da justiça e cometeu suicídio antes de ser presa novamente.
Crueldade sem Sadismo
Mas às vezes mulheres cometem atos de crueldade atroz que não são sádicos. Houve vários casos bem documentados, por exemplo, nos quais uma mulher desesperada por um bebê domina uma outra em adiantado estágio de gravidez e corta o feto de seu útero, depois estrangula ou a deixa para morrer com seus ferimentos. A assassina causou dor considerável, mas o motivo não era sádico, e rapidamente ela direciona suas energias para fingir ser mãe recente, e mostrar uma criança roubada à sua família encantada.
Do mesmo modo, crianças que sofreram abuso e matam não são sempre sádicas. Mary Bell, de dez anos, cortou as pernas de uma de suas vítimas engatinhantes com uma navalha, mas os cortes foram feitos post-mortem, e o motivo não foi causar dor ou terror. A infeliz Mary vira sua mãe prostituta realizando picquerism em seus clientes e estava simplesmente imitando isso.
As Mulheres mais PERVERSAS DA HISTÓRIA
Comentário e Resumo de Casos
O livro "AS MULHERES MAIS PERVERSAS DA HISTÓRIA", de Shelley Klein, relata casos de mulheres que marcaram presença no mundo do crime em diferentes épocas com suas maneiras peculiares de saciarem seus desejos mais secretos e sangrentos, é interessante o conteúdo, pois mostra o perfil feminino no comportamento criminoso, as formas, objetivos e motivações são bem peculiares do gênero.
Pra quem gosta do assunto é uma leitura muito interessante!
Boa leitura!
Mulheres Sádicas
As peculiaridades do gênero feminino no comportamento criminoso
Estatisticamente a grande maioria dos sádicos é homem, uma vez que as meninas que sofrem abuso tendem a dirigir sua raiva para dentro, de modo que o sentimento se transforma em depressão ou autoagressão, desde anorexia ou comer em excesso até fazer cortes nos braços. Os meninos, ao contrário, voltam-na para fora, dirigindo-a para presas mais fracas. No entanto, aquelas mulheres que se tornam assassinas sádicas, com frequência as sofrem mais na infância e são muito dominadoras, são capazes de irrefráveis atrocidades, como mostram os casos que seguem.