USA
Eu quero dominar a vida e a morte!
Quando Ted Bundy disse em uma de suas famosas frases que "a fantasia que acompanha e suscita a antecipação que precede o crime é sempre mais estimulante que a sequela imediata do crime em si", colocava aí o seu doentio desejo e prazer antes mesmo de cometer seus crimes, suas fantasias geravam em sua mente doentia toda a habilidade necessária para cometer barbaramente seus crimes de forma ardilosa e extremamente cruel, onde com um simples sorriso conquistava a confiança de suas vítimas que tinham por ele o seu destino já traçado.
Bundy era um sujeito acima de qualquer suspeita, inteligente, de ótima aparência e muito bem relacionado em seu meio social, porém um voyeur, masturbador compulsivo e assassino frio, a psicopatia estava enraizada em sua personalidade, o que o fez um dos mais notórios serial killers do mundo.
Ele começou sua carreira de crimes em 1974, em Seattle, Washington, onde em 31 de janeiro deu-se como desaparecida a estudante Lynda Ann Healey. Em 14 de julho Janice Ott, 23 anos, e Denise Naslund, 19, desapareceram em incidentes distintos no Sammamish Park. Testemunhas oculares disseram à polícia que as duas jovens haviam sido vistas com um homem bonito com um dos braços numa tipoia, Bundy usava um gesso falso em um dos braços para assim enganar suas vítimas. Seus restos foram encontrados em setembro, junto com os de uma terceira vítima, 3,2 quilômetros a leste de onde elas haviam desaparecido. Então as mortes cessaram. Em outubro de 1974 meninas começaram a desaparecer em Salt Lake City, Utah, mas a polícia não relacionou os crimes àqueles em Seattle. Então, em 8 de novembro de 1974 o assassino cometeu um engano. Carol DaRonch escapou depois de um homem fingir ser policial e tentar sequestrá-la. Ela conseguiu dar à polícia uma boa descrição do homemque tentara atacá-la, e essa descrição correspondia à do principal suspeito dos crimes em Seatle. Em 12 de janeiro de 1975 a enfermeira Caryn Campbell, 23 anos, foi assassinada em Aspen, Colorado. Seu corpo nu não foi encontrado até 17 de fevereiro, quando a neve se derreteu.
Em 16 de agosto de 1975 Ted Bundy, então com 29 anos, foi preso após ultrapassar um farol vermelho, e a polícia encontrou no porta-malas do carro ferramentas que poderiam ser usadas para roubar ou sequestrar. Em dezembro de 1976 ele foi condenado por agressão com agravante no caso DaRoche. A polícia achava difícil acreditar que o belo e simpático Bundy era um assassino em série depravado. Quando ele preparava a própria defesa, conseguiu fugir da cadeia por duas vezes, mas foi recapturado. Em 31 de dezembro de 1977 ele conseguiu escapar mais uma vez e deu início a um rastro de caos que durou seis semanas e o levou a Tallahassee, Flórida, onde atacou quatro universitárias de uma fraternidade, sendo que uma delas, Lisa Levy, morreu depois de Bundy arrancar seus mamilos a dentadas.
Em fevereiro de 1978 ele tentou sem sucesso sequestrar uma menina de 14 anos. Conseguiu levar Kimberley Leach, de 12 anos, e a assassinou em 9 de fevereiro. Bundy escondeu o corpo da garota para poder voltar e abusar dele novamente.
AS CONSEQUÊNCIAS:
Bundy foi preso em 15 de fevereiro de 1978 e sentenciado à morte. Às 7h07min em 24 de janeiro de 1989 ele morreu na cadeira elétrica na Flórida. Bundy tentava salvar a própria vida se oferecendo para revelar a localização dos túmulos de mais vítimas. Suas últimas palavras foram: "Mande lembranças minhas à família e aos amigos"
Fonte de apoio: 501 Crimes Mais Notórios / Paul Donnelley.
HISTÓRIA E ANÁLISE GRAFOLÓGICA
A Mão de Bundy
Em seu livro chamado Caligrafia no Mundo da Fama e da Infância (2001), a reconhecida grafologista Sheila Lowe, britânica de nascimento, mas qualificada para analisar a caligrafia nos juizados da Califórnia, oferece uma análise da escrita de Bundy. O que é imediatamente marcante é o traço inicial em forma de gancho chamado “arpão” que está no começo de quase todas as palavras. Eles são particularmente na margem do lado esquerdo, o que, segundo Lowe, denota raiva e ressentimentos com fatos ocorridos no passado. “O ritmo interrupto e desorganizado, característica da caligrafia de criminosos” ela analisa, “significa uma personalidade mal integrada. As letras muito juntas demonstram a incapacidade de manter uma perspectiva clara e perceber o que é e o que não é apropriado.”
Na região do meio, que representa aquilo que a pessoa gosta ou não gosta e as relações sociais, Sheila Lowe salienta a variação na largura e no espaçamento das palavras. Isso, diz ela, inconsistência na sua interação com os outros, “Os arpões vêm de uma região, a inferior, à qual não pertencem e sugerem que a pessoa está presa ao passado, seja real ou imaginário. Eles estão escondidos no começo e depois aparecem abruptamente na zona do meio.” A zona mais baixa está associada com a sexualidade. Aqui os traços profundos que penetram em muitos casos na zona superior da linha seguinte indicam uma motivação forte. Mas ao mesmo tempo o ritmo do movimento é lento e, segundo Lowe, “os traços tremidos refletem o desconforto de Bundy nessa área”.
Em contrapartida, a zona superior, com exceção da letra I exagerada, é relativamente limitada, denotando uma atitude fechada, “sem lugar para algo novo ou diferente”. O pronome pessoal “tem uma forte ênfase na área correspondente à mãe na parte superior do círculo, por isso a sua opinião sobre as mulheres é irreal e não tem uma figura de “pai” para equilibrá-lo”.
Ela conclui que “o espaço apertado, o grande pronome pessoal e os traços iniciais rígidos sugerem uma necessidade de poder e controle. Não é o tipo de ritmo elástico, o que mostra energia positiva e vontade de trabalhar arduamente para atingir as metas. Ele queria tomar o controle da forma mais fácil possível nesse momento”.
Fonte: Brian Innes / Perfil de uma Mente Criminosa, Vol. 3, Editora Escala.
A MÃO CRIMINOSA
A grafologia, uma análise da caligrafia de uma pessoa, pode ser abordada de duas formas diferentes. As mensagens escritas por delinquentes - exigências de dinheiro, ameaças ou confissões de arrependimento - quase sempre são submetidas à análise dos grafologistas (a polícia prefere chamá-los de "peritos em caligrafia").
Dessa forma, em alguma fase do inquérito, podem ser comparados com a caligrafia dos principais suspeitos. Essa análise é essencialmente uma técnica forense física, a identificação e a comparação de caracteres específicos.
No entanto, a maioria dos praticantes da grafologia acredita que pode detectar características psicológicas predominantes na caligrafia de uma pessoa. Alguns dizem - com alguma razão - que são capazes de fazer uma avaliação tão valiosa quanto a análise comportamental ou as indicações de modus operanti típico.
Dada a resistência da polícia perante aquilo que muitas pessoas consideram apenas um pouco mais científico do que a quiromancia ou a astrologia, o campo ainda tem um longo caminho a percorrer antes de ser aceito totalmente. Quase todas as análises até hoje se basearam na caligrafia de criminosos detidos e foi feita a posteriori. Segundo Patrícia Marne, famosa grafologista britânica e autora do livro A Mão das Criminosas (1991), "nenhum grafologista prescreveria uma pessoa como desonesta ou criminosa baseando-se apenas em um ou dois indícios da mesma forma que um médico não diagnosticaria uma doença específica levando em consideração apenas um ou dois sintomas."
A história de Bundy está relatada no filme ao lado (legendado)!
"TED BUNDY" de 2002 com direção de Matthew Bright.
Ao lado a biografia de Bundy em inglês.
TED BUNDY
1946 / 1989