UCRÂNIA
Faltava alguma coisa em Jeff... o que chamamos de consciência.
Um dos mais famosos homicidas canibais da América, Jefrey Dhamer nasceu em 21 de maio de 1960 em West Allis, Wisconsin, e cresceu em uma família de classe média. Desde cedo, ele tinha interesse em dissecar animais e também sabia-se que era homossexual. Ele sofria violência na escola e escolheu a bebida como consolo. seu pai, Lionel, disse:
"Faltava algo em Jeff... O que chamamos de cosnciência."
Sua primeira vítima foi o caronista Stephen Hicks, 19 anos, em 6 de junho de 1978, perto de Akron, Ohio. Eles beberam juntos, mas quando Hicks quis ir embora, Dhamer esmagou sua cabeça com uma barra de halterofilismo. Cortou o corpo e pôs os pedaços em cinco sacos de lixo. Quando Dhamer se livrava dos sacos, a polícia parou seu carro por uma infração de trânsito. Dhamer não voltou a matar por nove anos. Ele se mudou para Milwaukee e foi morar com a avó.
Então, em 1985, Dhamer começou a frequentar casas de banho onde levava amantes para salas privadas e os drogava. Ele queria ser o parceiro ativo no ato da sodomia, não o passivo. Quando seu comportamento foi descoberto, passou a ser barrado nesses pontos de encontro de homossexuais e passou a frequentar hotéis.
Um dia Dhamer levou um amante ao Ambassador e, quando ele acordou, o homem deitado a seu lado estava morto. Dhamer alegou não se lembrar do que havia feito. Esse foi o primeiro de dezesseis assassinatos. Em 25 de setembro de 1988 sua quinta vítima escapou, e Dhamer foi preso por molestar e fotografar um menino de 13 anos.
Em 30 de maio de 1991 Konerak Sinthasomphone (irmão mais novo do menino que Dhamer havia molestado) foi encontrado na rua nu, com sangramento anal, e drogado. Dhamer disse à polícia que Konerak era seu namorado e que eles haviam discutido. A polícia devolveu o menino a Dhamer, que o matou naquela noite, guardando seu crânio como recordação. Naquele verão de 1991 Dhamer cometeu um assassinato por semana. Seu reinado de terror chegou ao fim em 22 de julho de 1991, quando sua última vítima, Tracy Edwards, fugiu e correu algemado em direção à polícia. Edwards disse aos policiais que Dhamer o havia aprisionado e ameaçado comer seu coração.
ONDE:
Apartamento 213, Oxford Apartments, 924 North 25th Street;
Hotel Ambassador, Milwaukee,
Wisconsin, Estados Unidos
QUANDO:
Junho de 1978; segunda-feira,
22 de julho de 1991
AS CONSEQUÊNCIAS:
Em ferereiro de 1992 Dhamer foi sentenciado a
957 anos de prisão.
Em 28 de novembro de 1994,
na Columbia Correctional Facility em Portage,
Wisconsin, Christopher Scarver,
esquizofrênico e com alucinações,
alguém que acreditava ser o filho de Deus,
abriu a cabeça de Dhamer e Jesse Anderson na
academia de ginástica da detenção.
Dhamer foi declarado morto às
9h e 11min da manhã.
Ironicamente, Dhamer foi morto com
o mesmo tipo de instrumento que
usou para matar sua primeira vítima.
Seu corpo foi cremado, mas
a mãe dele doou o cérebro do filho
para ser submetido a estudos.
Nenhuma alteração foi detectada.
A casa onde Dhamer cometeu muitos
de seus crimes foi demolida.
Fonte: 501 Crimes Mais Notórios / Paul Donneley
ESTUDO DE CASO
B. F. Skinner teorizou que o comportamento de uma pessoa está "condicionado" - muda e se desenvolve -, aprendendo das consequências desse comportamento.
A partir desta e de outras observações, Skinner passou a aplicar o princípio de "condicionamento operante" nos seres humanos. Aprendemos a repetir um comportamento que é “reforçado” e evitamos aqueles que são dolorosos. No entanto, os animais experimentais de Skinner tinham uma gama muito limitada de estímulos e as recompensas – os “reforços” – eram igualmente limitadas. Os seres humanos são capazes de escolher entre uma ampla gama de experiências que provocam satisfação. Mas são poucas as ocasiões em que, depois da primeira infância, o comportamento continua sendo moldado apenas pela recompensa ou pelo castigo. O grande número de reincidentes nas prisões é uma prova disso.
No entanto, os criminosos certamente aprendem com a experiência, mas isso se deve menos às respostas condicionadas do que ao raciocínio. O agressor provavelmente começa tirando vantagem de uma oportunidade, como a criança que pega um brinquedo alheio (ou uma pomba que de repente recebe um grão como recompensa). Porém, conforme se torna mais experiente, ele começa a ver suas ações criminosas sob uma luz mais abstrata e consegue imaginar as consequências e as implicações que podem ter.
O “Canibal de Milwaukee”, Jeffrey Dahmer, não planejou seu primeiro assassinato, mas logo desenvolveu uma técnica para encontrar suas vítimas e dopá-las antes de assassiná-las. Esse tipo de planejamento chamamos de “cálculo criminal”.
Jeffrey Dahmer começou a “experimentar” com animais mortos aos 10 anos. Decapitou roedores, pôs alvejante em ossos de frango e pendurou a cabeça de um cachorro em um poste. Em junho de 1978 morava sozinho porque seus pais tinham se separado e ido embora. Em seu primeiro crime, Jeffrey esmagou o crânio de sua vitima com uma barra de ferro, passados treze anos e já preso, ele identificou Steven Hicks em uma fotografia e disse à polícia: “Você não esquece a sua primeira vez”.
Parece, no entanto, que esse primeiro homicídio conferiu a Dahmer certo grau de normalidade. Após um breve período na faculdade, assinou um compromisso de seis anos com o exército dos Estados Unidos, mas foi dispensado dois anos depois, devido ao consumo excessivo de álcool. Em 1982 ao mudar-se para a casa de sua avó, continuou bebendo muito e tentava novas “experiências” com animais mortos, ao mesmo tempo que mantinha seu emprego em uma fábrica de chocolates.
Em 1988 depois de realizar um triplo e macabro homicídio, colocou suas vítimas desmembradas no porão da casa de sua avó e em setembro do mesmo ano, o odor de suas atividades “experimentais” era tão forte que ela pediu-lhe que fosse embora e ele se mudou para um apartamento muito bonito no centro da cidade, onde até 1991 seguiu em plena atividade homicida colecionando os crânios de suas vítimas.
Após ser pego em definitivo a polícia encontrou em seu apartamento fotos instantâneas de órgãos e crânios desmembrados e um esqueleto pendurado no chuveiro. Ficaram horrorizados ao descobrir quatro cabeças humanas dentro do freezer. Dahmer confessou o assassinato de 17 homens e disse que o esqueleto pertencia a sua oitava vítima, onde disse ter comido um pouco de sua carne depois de temperá-la com sal, pimenta e molho barbecue.
Os Psicólogos ainda debatem sobre a causa da natureza psicopata de Dahmer. A maioria concorda que sua infância contribuiu para isso. Seus pais brigavam ferozmente, acabaram se separando e o deixando sozinho. Um colega da escola lembrava-se dele quando tinha 16 anos: “Ele estava perdido. Parecia pedir socorro, mas ninguém dava a mínima para ele. Ele chegou à aula com um copo de uísque. Se um rapaz de 16 anos bebendo na aula das 8 da manhã não é um pedido de socorro, então não sei o que é”. Outros sugeriram que o fato de ter sido molestado sexualmente pelo filho de um vizinho quando tinha oito anos contribuiu no seu comportamento criminoso.
Em seu julgamento Dhamer entrou com um pedido de “culpado, mas insano”, aceito na lei estadual de Wisconsin, Robert Ressler, no momento um consultor independente, concordou em ser parte da defesa e entrevistou Dahmer durante dois dias.
Ele escreveu mais tarde: “Dahmer foi tão sincero e tão cooperativo como qualquer outro assassino em série que já confrontei e ainda assim não conseguia compreender como ele poderia ter cometido todos os atos atrozes que ele sabia que tinha feito. Não há como pensar que este homem estava são no momento de seus crimes.
Fonte: Brian Innes / Perfil de uma Mente Criminosa, Vol.3, Ed. Escala.
JEFREY DHAMER
1960 / 1994