FRA
"Senhores, peço que não olhem. Isso não vai ser nada bonito"
O CRIME: nascido EM Auxerre, França, às 3hs de 17 de janeiro de 1897, Marcel André Henri Félix Petiot foi uma criança inquieta com um traço de crueldade no trato com animais – ele foi visto cegando pássaros com agulhas. Em janeiro de 1916 foi convocado pelo Exército francês. Roubava drogas para vender aos dependentes. De volta à vida civil, se qualificou como médico em 15 de dezembro de 1921. Começou a praticar em Villeneuve-sur-Yonne e progrediu na comunidade, tornando-se prefeito em 25 de julho de 1926, apesar de sua cleptomania ser bastante conhecida. Ele mantinha amantes – uma delas desapareceu e outra foi encontrada machucada, espancada até quase morrer, mas ninguém fazia nada contra Petiot. Em janeiro de 1933 ele abriu um novo consultório no número 66 da Rue Caumartin, em Paris, onde vendia drogas e realizada abortos ilegais como atividades paralelas.
Em 1940 os alemães ocuparam a capital da França e Petiot se mudou para o número 21 da Rue Le Seur. Lá ele fingiu ser membro da Resistência Francesa e se oferecia para transferir judeus ricos para locais seguros por 25 mil francos. Dúzias deles aceitaram essa oferta e nunca mais foram vistos. Petiot dizia às pessoas para levarem seus pertences para a casa dele depois do anoitecer, e depois os vacinava contra uma doença que dizia ser endêmica no país para onde planejava enviá-los. Em seguida ele as deixava e assistia aos últimos momentos de vida dessas pessoas através de um buraco na parede. Em março de 1944 o vizinho de Petiot, Jacques Marcais, reclamou de uma fumaça mal cheirosa que amanava da casa do médico. Quando a polícia e os bombeiros chegaram em 11 de março, encontraram um braço humano numa fornalha e pilhas de ossos e partes de corpos na adega. Na garagem, enterrado sob cal, havia escalpos e mandíbulas. Petiot deixara um bilhete preso À porta da frente dizendo que ficaria fora por um mês, e foi emitido um mandado de prisão para sua captura.
ONDE:
Rue de Le Sueur, 21, Paris, França
QUANDO:
1944
AS CONSEQUÊNCIAS:
Na casa do seu irmão Maurice em Auxerre, Petiot havia empilhado 49 malas contendo os objetos que pertenciam a suas vítimas. Eram 115 camisas, 79 vestidos e 66 pares de sapatos. Graças à confusão causada pelos acontecimentos do dia D, Petiot permaneceu impune até 2 de novembro de 1944. Ele confessou ter matado 63 pessoas, mas disse que todas eram colaboradores nazistas.
As malas contavam uma história diferente.
Seu julgamento começou em 18 de março de 1946. Marcel Petiot foi condenado por 27 assassinatos à meia-noite de 5 de abril de 1946. Às 5hs05min de 25 de maio de 1946 ele foi levado à guilhotina e morto. Quando se aproximou, ele disse às testemunhas: “Cavalheiros, peço que não olhem. Isso não vai ser muito bonito”. Em 5 de julho de 1952 um arquiteto comprou o imóvel da Ru ele Sueur, 21, e demoliu o local.
Fonte: 501 Crimes Mais Notórios / Paul Donnelley
MARCEL PETIOT
1897 / 1946